07 dezembro 2010

Sentir a força do vento

Eu sinto
a força do vento
Que me atira
Que me Suspira
Que me dá alimento

Sem saber do que esperar
Espero agora por ti
Sem ti não vivo
Sem incentivo
Que me então perdi.

Olho para a parede
não estás lá
Não estás ao meu lado
Não pra já
Sinto-me desolado
Torturado
Censurado
Por algo que não vive cá

Deixo que o mundo conheça o meu nome
Não o sentimento
Esse já foge
Pra longe
Tão longe como o próprio vento

Deixo de me conheçer
Cá fora
Lá dentro
Deixo de ter meu alimento
E reduzo-me ao meu escrever
Que por não mais te ver
Torna-se lento
Neste acento
Em que estou sentado
A lamentar
Onde chego
Onde terei chegado

Não descubro onde estou
Estou fora
Para dentro do fora há dentro
Sinto-o agora
Não tenho alimento
Morri
A minha alma chora
Por ti, amor, que foste embora