Oh, o poema, aquele conjunto arranjado de versos
Aquele olhar por entre os inversos
Aquela magia de sentimento transpirado pelo som da palavra
Que não parece querer sair de outra forma
O que é??, deixemos o coração falar...
O poema é o grito desabafado do mundo
Preso a um corpo sem fundo
Onde a necessidade reina
E a alma aos poucos se destreina
O poema é um sentido inocente
De alguém preso ao presente
Depois de tanto crime no passado
O poema é sentir-se feliz
Com o próprio mundo que a alma diz
A prisão nunca foi impedimento
Para a criatividade do homem
O poema é o choro da alma
A voz que nem o silêncio acalma
O murro na parede sangrento
Que ao passar lança o sangue e a dor pelo correr do vento
Au! Que a dor asfixia a mente
Que o poeta é um ser dormente
Que dorme sem ter sonhado
Sem viver, sem ser acordado
Onde fogem os versos da caneta
A maca foge ao perneta
Que percebe que apenas num lugar
Sabe que é facil andar
Pelas mãos do Deus forreta
Que nem o sabe controlar