09 junho 2011

Sinto-me velho (na lembrança de mim mesmo)

 

Sinto-me velho

Puberdade passada

Vontade de actuar como homem inexistente

De pouco isso me serve para algo sem ser nada

 

Olho para trás e já 18 anos correm nas veias

O mais prematuro de desenvolvimento estancou

A vontade de vida avançou

Para o mais puro estado do conhecimento

 

Não me conheço mudado

Reconheço-me igual ao meu pai

Mas em tudo que de mim sai

Apenas nos genes sou dele feito

 

Em conhecimento sou partido

Pela parte racional materna

Que sempre em tudo governa

E que a ela é de ter agradecido

 

Mas,bem, sou homem , é o que conta

Votar não votarei pela descontra

Ter mais um número de identificação

O meu nome não dá medo, apenas o coração

 

Para já há direitos que renego

Não haverá mais números na equação

Sou homem, sou pessoa

Nada de números de condão

 

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