10 dezembro 2011

Sociedade de dentro e fora


A sociedade está cheia de corruptos
Seres humanos que não deverão á espécie ser chamados
Pois quando tem poder são abruptos
Fazem mal a todos para fazer bem a seu próprios fados

É de odiar esta sociedade
Pessoas que são muito previsíveis
Querem de nós os mesmos niveis
Para que sejamos todos ignorantes e desumanos

Eles querem…
Que copiemos as suas maldades para que não sejam eles os maus
Que não falemos as verdades para que sejamos como calhaus
Que se deixam entre mundos e fundos desencaminhar
Porque a sociedade está em declínio e para isso nos quer levar

Mas não! Eu sou de uma sociedade diferente
Que está por dentro e vê de fora
Que enoja, vomita e ignora
As maldades habituais do ser humano

Sou critico, porque a sociedade deles merece que o seja
Não gosto que me deem tudo em prato limpo
Nunca serei levado pelo instinto
De fazer o mesmo que se vê fazer

Odeio vos sociais seres previsíveis
Formarão uma sociedade de obediência
Uma sociedade que á mínima carência
Lança-se em protesto sem fundamento

Olho de dentro para ver por fora
Não gosto da sociedade em geral
Mas cada ser que em si mora
Tem uma fragilidade fenomenal

Cada riso, cada humildade
Alguns de mais fácil apreciação
Mostram que na outra sociedade
As pessoas só vão porque outros também lá estão

O certo é que fora ou dentro da sociedade
Estou lá e lá fui feito
Podemos odiar a sua forma de reciprocidade
Temos muito a odiar também a nosso respeito

Cada palavra a nós transmitida em criança foi veneno
Mudou ao longo de cada ano que passava
Se já odiávamos os outros por serem diferentes
Odiamos nos agora também porque o mal deles se transplantava