07 janeiro 2012

Deixemos este novo ano entrar

 

Novo ano, nova porta, novo sentimento

Tudo retorna a um passado vivido de presente renascimento

Que ao tentar renascer morre e novamente regressa

Para dar ao homem novo povo, novo ser, novo falhanço de promessa

 

Assim é vivido o novo ano num pais

Regado pela mão do sacrifício

Estragado pelo poder republicano

Que mais parece um duplo poder régio de diferente oficio

 

Novo ano entra, novas pessoas saem

Sagradas pela força da idade

Que já nada podem fazer contra a biologia

Que faz morrer sem que sua vontade o possa retroceder

 

Novo ano nova promessa forjada a frio

Sentimento podre da economia decadentista

Que passado o ano anterior malabarista

Deixa agora que o pior do mundo a nós retorne

 

Assim se faz um ano que é mais mudança de calendário

Que outra coisa propriamente dita

Que faz de cada ser trabalhador e social operário

Uma pessoa cada vez mais aflita

 

Mas há ricos que nem o vêm

Só se for pela conta de impostos renovada

Estes senhores que fazem a estrada

Fazem do próprio povo seu alento

 

Por estas e por outras

Deixai este novo ano entrar

Uma vez que o calendário vai mudar

Pode ser que não piore o nosso (des) contentamento