Cão, da vizinhança, que ladras tão bem que não te percebo
Comunicas como se fosses falante de palavras apenas para minha atenção
Os outros cães percebem-te
Mas eu e a minha família e as outras como somos cães da maior espécie
Não percebemos, ou fingimos que o fazemos
Mas tu ladras, comunicando
E eu farto de te ouvir ladrar
Quando vês alguém em tom eufórico, nada brando
Alertas os outros para o que se está a passar
Á noite, quando la luna aparece
Gostas sempre de meter um au au
Nem que os vizinhos na cama que apodrece
Estejam deitados, depois de um provável dia mau
Cão, que irracionalmente segues o teu caminho
Por vezes em donos piores que a tua alma
Que se fazes algo , perdem a calma
E tapam-te logo o focinho
Cão, o homem dos animais
Que é mais dócil que outros seres tais
Capazes da pior maldade da sua espécie
Só para não serem chamados de angelicais