O cancro dói por saber-se que existe
Eis o tratamento, a melhor resolução
Mas porque é algo que rapidamente se espalha
A dor da cura resolve mas é certo que mais atrapalha
Os químicos aproveitam a multiplicação das células do cancro
Alterando o funcionamento das vizinhas
Fazem-se estragos por não existir melhor critério
Tratam-se os cabelos como ervas daninhas
O cancro enfraquece mas até o corpo já está debilitado
É muito químico diria ele, pra tão pouca célula maligna
Que por estar ali como na Terra um alienígena
Está por todas as armas do mundo dos medicamentos a ser bombardeado
O bem, é que tudo muda
O cabelo é como uma planta que sempre cresce
As células tem o poder de voltar a acordar
Por muito que a tormenta as destrua
Porém, o corpo recupera mas a memória permanece
Sabe-se do que se passou e há vontade de estar vivo
A vida ganha então novo sentido
Ao saber-se que para alguns o “adamastor” já foi passado