25 maio 2012

Quimioterapia

 

O cancro dói por saber-se que existe

Eis o tratamento, a melhor resolução

Mas porque é algo que  rapidamente se espalha

A dor da cura resolve mas é certo que mais atrapalha

 

Os químicos aproveitam a multiplicação das células do cancro

Alterando o funcionamento das vizinhas

Fazem-se estragos por não existir melhor critério

Tratam-se os cabelos como ervas daninhas

 

O cancro enfraquece mas até o corpo já está debilitado

É muito químico diria ele, pra tão pouca célula maligna

Que por estar ali como na Terra um alienígena

Está por todas as armas do mundo dos medicamentos a ser bombardeado

 

O bem, é que tudo muda

O cabelo é como uma planta que sempre cresce

As células tem o poder de voltar a acordar

Por muito  que a tormenta as destrua

 

Porém, o corpo recupera mas a memória permanece

Sabe-se do que se passou e há vontade de estar vivo

A vida ganha então novo sentido

Ao saber-se que para alguns o “adamastor” já foi passado