07 março 2011

Poema a uma tragédia: 4/3/2001

Rasga-se uma ponte
Desaparece a ligação
Que liga duas aldeias num caminho

Perde-se um acesso
Perde-se um coração
Perdem-se vidas que se apagam
Sem que fosse para isso programadas

Entre-os-rios passa uma ponte
Que liga duas almas numa vida
Que arrasta em cada lado meio monte
Que me separa sem medida

De um local em pequeno muito visitado
De alguém que me viu sempre crescer
De uma aldeia que de pequeno nome chamado
Alguma tristeza me faz ter

Pelos postes pelo homem feitos
Sem segurança nem visionamento
Destaca-se esta tragédia
Mortifera sem consentimento