22 novembro 2011

No mundo em que estamos

No mundo em que estamos
Há sempre alguém doente
Por mais que vivamos
O mundo não é o mesmo para toda a gente

Por mais curado que o corpo fique
A alma degrada-se, chora
Com medo que a doença não modifique
E saiba a nossa fraqueza de agora

Estar doente é e pode ser olhar o mundo de outra forma
Ter o seu medo a temer
Que o corpo só se vá embora
Estar numa cama, desactivado de energia

Ligado a máquinas que não sabemos quem são
Perdermos-nos no tempo, na maresia
Á espera de voltar pela vida, de arrastão
Aqui invoco, e agradeço

Aqueles doentes e crianças que por estes males passaram
Não para que suas almas sejam esquecidas
Mas porque, apesar do corpo morrer ,em alguns,
As suas forças em conjunto com a familia nunca terminaram