06 novembro 2024

Sangue Poeta

 Injectei o meu sangue com poesia

E não doeu

Arde um pouco, nada em demasia

O sangue lá sabia que era eu


De vermelho sentiu-se agora capaz

De nos explicar a sua história

Não sabendo bem como o faz (e se faz)

Mas a hemoglobina sentiu-se fogaz 

De mostrar que pode também ter memória