06 novembro 2024

Uma Ode a uma flor desconhecida

 Tu, Flor, não fiques desconhecida

Tens na Alma amor que te vale pela vida

Deixa as asas voar e mostra quem és

Verás que o mundo não é tão estranho

Que a tua beleza sentimental compensa o empenho

Do ser rejeitado no mundo

Fechado em si

Afastado por ti

No nosso Porto azul e imundo

 

Quem te lê percebe o bom coração

Que escondes dos outros por violência

Teclas com consciência

De alguém que tem no mundo desgostos que não hão de curar

 

Sabes flor, fazes rir

Tens o teu ser no sitio certo

Estás triste que quando o coração aberto

Só houve facas que te mostrassem

que por mais amor que tentassem

Tens um corpo secreto

 

A tua cara não corresponde ás tuas intenções

                                         A tua alma fecha-se de incompreensão

Tens que dar ao mundo o seu perdão

Pois toda a gente quer ser sua Majestade

E fornicar completando o dom da sua hereditariedade

 

Eu venero-te , miúda

                                                                Porque o essencial é invisível aos olhos

Porque ser invisível no mundo dos vivos

Traz por toda a vida incentivos

Que saberás escolher a quem mostrar quem és

 

Nada temas , aqueles que agora te insultam

Outrora cairão a teus pés