30 julho 2011

Eutanásia

A dor percorre o corpo em si desconjuntado
Teme-se a morte, dando-lhe agora ouvidos
Quer-se morrer a comprimidos
Que baixam o ritmo corporal lentamente

A ciência não preserva os bons direitos
O doente já se sente fora de si
Não quer mais abrir os olhos e ver por si
Que o seu corpo ou mente já não aguentam

Há quem por mau estar familiar
Procure o suicídio assistido
Lentamente o corpo antes temido
Rasga o seu funcionamento


A sociedade proíbe,
É ilegal tirar a vida a um ser humano
Ato este que apesar de não ter grande dano
Tem mais boca que coragem na medicina

A religião proíbe
É contra as leis do santo ofício
Tirar da vida seu beneficio
Só porque a vontade fortalece

A ciência contra-ataca
Não é mau matar por assistência
Desde que como principal conveniência
Se saiba o que se faz. (coisa que pouco médico é capaz)

Oh morte, oh morte
Porque és tão requerida
O ser humano não está bem com a própria vida
E tens tu que ser chamada ao forte

Vida, oh Vida
Porque dás sempre tantas voltas
Ou por doença ou por confusões tortas
Há sempre quem não se sinta bem com a tua ferida


(Acabe-se as grandes conversar deste tema
Simplifiquemos o complexo, em poema.)

Flávio Pereira